Palavras

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 19:54

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Palavras servem
pra gente brincar.
Brincar de dizer.
Brincar de entender.
Brincar de inventar.  

Há tempo

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 15:04

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Não há tempo
Para tempo, dentro ou fora
Para, tempo, 
Não demora

Há mais tempo
Quando tento
Ou teimo outrora
Desse tanto, tempo afora

Dois, um tanto
Construída, uma história
De um tempo: memória!

Quando tento
Há mais tempo
Que outrora

Desde tanto
Há mais tempo
Vou-me embora.

R

Adeus, mamãe.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 07:18

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Adeus minha mae
Se eu parar de falar é porque parti. 
Não zangue, nem altere. 
Estou bem perto. Ali.

Só me deixe sozinho
Perdido na lembrança de um alguém
Qualquer.
Adeus minha mãe.

E como será? Não sei.
Cada teoria, cada caminho.
O meu, eu inventei.
Assim como todo mundo.

Esse é o ultimo segundo...
Adeus, mamãe. 
Eu juro que não é sua culpa
É que não resisti, não aguentei

A minha causa
A minha luta
Eu me entreguei.

Adeus, mamãe. 
Não fique me esperando por aqui
Segui meu caminho. 

Tudo ficou para trás.
Agora
Eu cresci. 

R.

Um Vai. Outro vem.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 10:12

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Um Vai. Outro vem.
É caso de tristeza geral?
Por acaso, ou sentimento banal:
Um vai.
E nenhum jamais será o mesmo.
E a cada um desejo
Que vá. E pela vida, seja ida ou partida
Não se tornem espectadores.
Um vai. Outro vem.
Façamos de conta.
Outrem. Que passe as tontas
Letras em massa.
Que fique a vida, e vá, pela graça
Daquele que vai, daquele que vem.
Um vai. Outro bem.
E é nesse desejo que parto.
Outro vem.
E que o riso lhe seja farto.

Vou eu.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 09:00

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E aqui vou eu
Partir para imensidão
Criada no meu próprio breu
Parte de minha ilusão.
É para o bem e não para o mal
Que sigo o que sinto agora
Destruído, disforme, cantando
Feito outrora, tristeza, chorando.
Aqui vou eu.
Sem motivo ou razão aparente
Mas cheio de vazio e dor estridente
Cuja cura me fora negada
A paz me fora retirada
E o vazio preenche toda minha mente.
Aqui vou eu.

Eu nego.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 15:11

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Eu nego.
Toda vez que tentar esquecer, eu nego
O que fez eu tentar entender.
Eu pego, no caminho sozinho eu vou
Espero, encontrar o que o tempo levou.
Eu nego.
Eu não sinto mais dor em mim mesmo
Sou cego! Acredito em tudo que vejo
Traído, esperança sacana e sagaz
Exijo que me explique  a tristeza que traz.
Eu deixo.
Tudo que for pesado pra mim
Histórias, apagadas, do começo ao fim.
Passou!
Quanto angústia restou do meu lado.
Sou eu, o ramon, amarrado ao passado.

Perdido.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 15:54

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Tentando há horas escrever
Algo que diga, de fato, que te faça ver
E sentir o que sinto.
Sentir a angústia. A lágrima teimosa
O passo atrasado, a dor que não vai embora.
Tentando há horas.
Sintetizar o abstrato,
Nunca fui tão desatento
Tão demorado
Tão escasso.
O peso do tempo passado
O destrato tratado
Tão demorado...
Quantas horas! Tentando escrever...
É um tanto.
Sem tanto.
Há algo tangível? 
É tudo abstrato! 
Não caminho, lógica... Sentido?
Há horas!
Perdão, perdi.
Estou tentando há horas, e não sei mais escrever.
Não sei exato, senti!
Angustia.
Tristeza.
Prazer.

Supérfluos

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 20:03

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Supérfluos
Hoje meus pensamentos são assim
Vazios, e cheios do que existe em mim
Hoje, eles deslisam sobre um chão que não existe mais
Eles tropeçam no vazio e na falta da paz
Que excede.
Entendimento.
Não o tenho.
Passou de mim o tempo.

Sinto saudade, mas não sei como senti-la.
Devo chorar, comentar ou somente vivê-la?
Sinto uma angústia que transpõe meu peito,
Que rasga minha alma, que muda meu jeito
De falar, de cantar, de sentir a saudade.

Hoje, a paz não faz sentido.
Hoje, as falas não chegam ao meu ouvido.
Não ouço saudações, não ouço despedidas.
Ouço somente meus pensamentos
Supérfluos gritos de partida.

Ah, Altíssimo, cheio de poder.
Não faz sentido, não lhe quero entender
Você me tirou metade, meu chão, meus pés, pai
Desconsertou a vida, e tudo de bom a que ela atrai.

Tenho Saudades, do meu velho e querido Pai.



Entender o Poeta?

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 06:11

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Quem diz entender o poeta?
Que escreve por horas e horas
Descreve por tantas memórias
Histórias lindas de se ver.
Quem diz entender a poesia?
O ritmo e sua melodia
No silêncio do que é viver.
Quem diz entender o amor?
Ninguém se atreve a comparar a dor
Ao sentimento de sofrer.

Força.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 20:02

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Dentro do meu peito
De forma simbólica, é claro
Paira o oposto, o inexistente, o raro
Descansa a força que não se dizer o nome
Que me fez tudo, e hoje consome
Força dada aos mais diversos intelectos.
Dada aos pensamentos vagos e concretos
Sob visões dispersas do intangível
Força claro e reta, que beira o invisível

Dentro do meu peito, de forma simbólica
O relógio bate à espera da retórica
Sobre a força, clara no escuro
Que diz e não diz nada, que faz, do nada
O porto seguro.
Das almas sem piedade, a força que tanto arde
No peito de quem acredita
Ou na vida de quem se limita
Pela paixão. Por viver. Por solidão.

Dentro do meu peito
De forma histórica, questiono a forma
O Som, as cólicas
Do meu nascimento existencial
Do questionamento essencial para a eternidade
No amor ou na dor.
A força da saudade,
Dentro do  peito.

Dentro do meu peito
O relógio para
E não me é rara a luta pela existência feliz.
O relógio, claro, é ele quem diz
Que a minha força
Minha Saudade
Minha Paz
São, de tudo, o que eu sempre quis.

Leveza.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 17:04

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A leveza da aceitação
da direção que se vai tomar
É nessa leveza que outrora distante
Agora eu mergulho.
Mergulho num mundo
Onde constante, vivo cada segundo
Minha tentativa frustrada de amar.

E direi eu no futuro para tudo que parece
Para tudo que foi, para tudo que é:
Meu passado, meu presente, minha fé
Incoerentes com o futuro, desfeito e inseguro
Firme na incerteza da certeza que é.

Viver em paz. Na paz que faz
Dentro de casa, no carro, na praça
Na leveza da direção
Na inteireza do coração, que sem fé
Foi-se embora.

Viver em Paz. Na paz comprada
Na paz sonhada, na paz falada.
Na mensagem do pregador.
Na música daquele senhor.
No batuque do pecador.
A paz que mata, viver em paz.
A paz que beija, que satisfaz.

A leveza de minha aceitação
Da direção que se vai tomar
É nessa leveza, outrora distante
Que mergulho de forma constante
Até me afogar.

Tempo Novo

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 06:46

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Eu podia ter sido mais feliz esses anos todos.

Eu podia ter crescido 
Eu podia ter vivido mais
E deixado pra trás a insegurança
E ter vivido, esses anos todos.
Eu podia ter notado esse tempo todo
Que a paz jamais viria 
Eu jamais retornaria
À minha vida tão vivida - agora vazia
E ter vivido, esse tempo todo
Como um filho bastardo que fui.
Ah, pai , meu pai morto
Se eu soubesse esse tempo todo
Cada minuto seria vivido
Bastardo ou não.
Eu podia ter abraçado nesse tempo todo
E ter sido filho, esse tempo todo
bastardo ou não.
Agora a insegurança, desse tempo novo
Diminui a esperança de um futuro outro
Diferente do escrito no caixão.

Fosse

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 20:28

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Seu eu não fosse novo

Eu diria ao mundo todo
As verdades do bobo que sou
Se eu não fosse todo
Meu meio em partes daria
Naquela fé que eu vivia
Partiu o meu coração
Se eu não fosse tolo
Todo meu corpo seria
Sedução
E não ser novo seria a dura melodia
Dissonância tardia
Completa composição.

Rosa

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 14:41

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Rosa quem foi disse que você é rosa
Quem foi fez o seu verso em prosa
A sua história cantada num canto
Um drama certo que causa espanto

Ah rosa, você transforma em forma o nada
Sentado sempre a beira da estrada
Sentindo o frio de tanto abandono
Rosa você sempre foi o seu dono

Parece historia
A sua vida não teve glória
A sua paz fez a sua memória
Trazer à tona o verdadeiro sentido
Rosa você sempre foi meu amigo

Amigo rosa, você passou por um mundo que muda.
Um mundo mudo que nunca escuta
O toque baixo daquela vitrola

Amigo Rosa, saudade de ver você se achegando
Ouvir o meu telefone tocando
Ou mesmo ter que saudar a saída
Saudade de ter você na minha vida
  
Ah, rosa
Eu não entendo as razões deste cara
Não compreendo a voz que me ampara
Tampouco sei a saída de tudo
Rosa saudade , saudade do mundo. 

Se meu pai não tivesse morrido..

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 12:03

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Se meu pai não tivesse morrido
Hoje eu seria feliz
Minha vida teria sentido
Ouviria sempre o que diz

Se meu pai não tivesse morrido
Os meus sonhos não seriam os mesmo
A dor e a morte não teriam trazido
O frio que me enche de medo

Se meu pai não tivesse morrido
Seria um grande homem na vida
O meu pai e eu seriamos grandes amigos
A vida, feliz, seria vivida.

Se meu pai não tivesse morrido
Minha música seria em outro tempo
Meus acordes teriam ocorrido
Dissonantes em outros instrumentos

Ah se meu pai não tivesse morrido
Eu o abraçaria muito forte
Se meu pai não tivesse morrido
Eu seria um garoto de sorte.

Ritmo

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 20:55

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Ligado todo dia na mania que fazia o pensamento ir
Ligado na saída que impede a vida do que te pede e não quer dividir
Ligado no passado, nas lembranças, nas finanças no começo, recomeço, na televisão
Ligado no assunto, no discurso do surdo, no fim do mundo, ou em qualquer situação

Parado no ponto, sem ponto, no tonto com fim de tantas causas
Parado, sentado, cansado da semana, do dinheiro, da fome, de tantas caras
Parado, na lata juntando, a fome chegando, e o medo do fim também
Parado e andando, prum lado pro outro, num vai e não vem

Agora espera que tudo mude, que haja mais atitude, que algo lhe aconteça assim
Agora o futuro espera, a história acelera a parte do meio que era o fim
Agora a hora não faz mais hora, espera, lado de fora do mundo, passa cá
Agora, me passa o seu dinheiro, nada de desespero, agora o mundo vai mudar

Mentira, que tudo era mentira, o tudo era bonito, até antes de acordar
Mentira, somos todos iguais, mentiras são normais, verdade nunca vão achar
Mentiras, daquelas programadas, e bem articuladas, usadas sempre pra vencer
Mentiras, derrotas e intrigas, agora ou no futuro, o que tiver de acontecer

Ligado, parado agora o dia. Mentiras e mentiras, nada mais pra escrever
Parado, agora to ligado, que mesmo separado, mentiras nunca vão dizer.