Presos

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 12:37

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Andando pela rua sem dinheiro, vivendo uma vida sem futuro
Olhares, sons, ao passo, cada cheiro, a segurança viva do inseguro
Pessoas que eu nunca vou conhecer, conversam, falam gritam, sem saber
Negligenciando um ao outro, em busca de algo pra comer
Filiados a ideologias, de uma emancipação deliberada
Cegos pela vida de rotinas, cercados de uma vida cheia de nada
Diferentes e iguais, tanto faz, formados por um ciclo vicioso
Seres condizentes com a mentira, infectando assim o mundo todo
Guardados numa caixa bem secreta, selados por um segredo precioso
Submissos a uma sociedade que à verdade dizem mentiroso
Dão de cara com o espelho, a aparência, e vêem a si mesmos, nada mais
Notam que as suas diferenças, os tornam todos iguais
Milênios por milênios, dia a dia, dias tristes de uma nostalgia
Dias que procura e não se acha, guiados por idéias em si, sombrias
E dessas pessoas, não se sabe, o futuro o presente, nem o passado
Sabe-se que vivem suas vidas, procuram por alguém que fique ao lado
Tornam-se comuns em suas reclusões, dentro de suas próprias prisões
Num universo todo turbulento, recheado de más intenções
Escravos de sua própria sapiência, procuram repostas para o sofrimento
Pessoas que não falam, que não ouvem, que caminham contra o vento
Rastejam , choram, gritam por socorro, caem e morrem, sofrem seu próprio tormento
E assim na particularidade deu seus mundos, vêem a vida passando junto ao tempo

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