Enquanto eu espero.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 13:36

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Enquanto a minha esperança espera.
Enquanto meu trabalho caçoa
Minha respiração desacelera
Ao tom que a tempo destoa

Agora estamos de luto
Retroativo a anos atras
Não houve ajuda num mundo
Nenhuma mão, oração, nenhuma paz.

Estamos sozinhos, minha mãe e eu.
Uma familia de dois, consonantes no tudo.
Dissonantes ao ver, agir e sentir.
Afinados tentamos seguir!

Ah! Abandono!
É o que sinto do resto.
E nessa solidão egoísta
destruo o que posso e o que penso.

E deus onde estava?
Na igreja conclui que não era
Estava na oração da minha mãe
No joelho dobrado! PUDERA!

Enquanto a minha esperança espera.
Enquanto meu trabalho caçoa
Minha respiraçao desacelera
Ao tom que a tempo destoa

Fé do limite ao outro
Dois extremos num só lugar
Somos a parte do outro
Que tenta, a fé destoada entoar!

Pudera eu elogiar!
Mas nao posso...
Tampouco me calar, me recuso!
Sou fruto do cântico repetitivo
Do olhar acusador.
Do discipulado desmarcado...
Da promessa quebrada.
Do "despastoreado".
Do irmão desalmado.
Do injusto, filho do diabo.

Senti fome, e não me deram de comer.
Senti sede e não me deram de beber.
Estive preso e não me visitaram.
Enlutei-me e não me consolaram.

Mas eu cantei e me elogiaram...

Ramon Rosa.

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