Há uma crueldade no tempo que, se esmiuçada cautelosamente, traz à tona nosso marasmo, nosso abandono. O esquecimento.
Como se o laço de um afeto rompido, outrora forte e eterno, agora fraco, e com um fim. Ou o contrário disso, a crueldade jamais existira e fora apenas o carinho, e sua peculiaridade de se apresentar. Misto confuso, confesso. Confuso a ponto de trajar o fim, numa apneia infantil e 'arrocheadora' cujo o final não leva ao final. Lugar nenhum, na verdade. E nao bastasse o tempo, o medo, e a apneia, há o tempo o medo e a apneia. Novamente. Ciclos. Tempo cruel, esse.
Há uma crueldade no tempo, que se esmiuçada vorazmente, expõe a fraqueza, e a solidão.
Deprimente.
Ramon S. Rosa.
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