Feliz

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 13:15

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E se eu puder ser feliz só por esse momento,
Só por esse momento serei feliz. 
E se puder sorrir só por pouco tempo,
Irei sorrir movido a uma força motriz. 
É exata a sensação de desprendimento.
E antes eu cantava feliz
Inexata sequidão e arrependimento
Outrora eu cantava feliz. 
E puder ser por um momento
Me atreverei ser para sempre, 
Sempre quis. 
E serei novamente o eu tento:
Ser movido pela tal força motriz. 
Ah, quem me dera. 
Reviver o sorriso pelos dias a frente
E sentar a mesa 
E ser feliz por um momento
E ter na vida, contente. 
Ah quem me dera, essa vontade insistente. 
E se eu puder a felicidade por assim dizer,
Tornarei minha volta a cor que eu puder ser. 
E sorrir por esse momento. 
E só por esse momento serei feliz. 
E nesse momento que tento, 
Serei eternamente o tormento
Do momento em que eu fui feliz. 

No tempo

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 18:22

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Há uma crueldade no tempo que, se esmiuçada cautelosamente, traz à tona nosso marasmo, nosso abandono. O esquecimento. 

Como se o laço de um afeto rompido, outrora forte e eterno, agora fraco, e com um fim. Ou o contrário disso, a crueldade jamais existira e fora apenas o carinho, e sua peculiaridade de se apresentar. Misto confuso, confesso. Confuso a ponto de trajar o fim, numa apneia infantil e 'arrocheadora' cujo o final não leva ao final. Lugar nenhum, na verdade. E nao bastasse o tempo, o medo, e a apneia, há o tempo o medo e a apneia. Novamente. Ciclos. Tempo cruel, esse. 

Há uma crueldade no tempo, que se esmiuçada vorazmente, expõe a fraqueza, e a solidão. 

Deprimente. 



Ramon S. Rosa.