O cansaço me domina pela manhã
Os sonhos me são pesados
Todo meu esforço é vão
Minha fé abalável
Meus olhos me crucificam
O meu coração me engana
Todos os medos que ficam em mim
Me dominam
Destino escrito por alguém
Ninguém que se importe comigo, eu sei
Mas caio no ciclo da dúvida:
Qual a razão de tudo isso ser...
Não há respostas, nem conclusões
Há somente um vazio, Há somente o silêncio
Condenado a minha liberdade
Os instintos que me fazem à parte
Passam despercebidos, desiludidos
Passam pelos anos, para um futuro
Prometido
get out...
Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 17:00
0
Retornar ao ponto de partida, sem ao menos sair dele, é sinônimo de uma vida bem vivida!
Dar o primeiro passo, durante uma extensa e fatídica caminhada, reserva no ato a não saída da vida.
Sem os demorados rodeios, volto-me para mim mesmo, penso no momento do sonho: o beijo.
Triste, claro, você ainda não me existe, e deixado de lado, encontro a mim mesmo, sentado , em meu quarto.
Idealizo-lhe em formas perfeitas, para mim feitas. E quando fica pronta, esqueço-me que não existe, tornando-me outra vez triste.
Nas frases longas ou curtas, sua voz ecoa a cada ponto, a cada vírgula, numa verdadeira luta entre meu ego paradoxal, e a auto-suficiência que a alguns insulta.
Ok, não me demoro mais. Deixo para trás minha personalidade, minha vontade, o meu, o meu seu. Não voltarei atrás, prometo! E, mesmo não existindo, desejo-lhe tudo de mais sonhado! E que deixe de ser meu pecado...
Andando pela rua sem dinheiro, vivendo uma vida sem futuro
Olhares, sons, ao passo, cada cheiro, a segurança viva do inseguro
Pessoas que eu nunca vou conhecer, conversam, falam gritam, sem saber
Negligenciando um ao outro, em busca de algo pra comer
Filiados a ideologias, de uma emancipação deliberada
Cegos pela vida de rotinas, cercados de uma vida cheia de nada
Diferentes e iguais, tanto faz, formados por um ciclo vicioso
Seres condizentes com a mentira, infectando assim o mundo todo
Guardados numa caixa bem secreta, selados por um segredo precioso
Submissos a uma sociedade que à verdade dizem mentiroso
Dão de cara com o espelho, a aparência, e vêem a si mesmos, nada mais
Notam que as suas diferenças, os tornam todos iguais
Milênios por milênios, dia a dia, dias tristes de uma nostalgia
Dias que procura e não se acha, guiados por idéias em si, sombrias
E dessas pessoas, não se sabe, o futuro o presente, nem o passado
Sabe-se que vivem suas vidas, procuram por alguém que fique ao lado
Tornam-se comuns em suas reclusões, dentro de suas próprias prisões
Num universo todo turbulento, recheado de más intenções
Escravos de sua própria sapiência, procuram repostas para o sofrimento
Pessoas que não falam, que não ouvem, que caminham contra o vento
Rastejam , choram, gritam por socorro, caem e morrem, sofrem seu próprio tormento
E assim na particularidade deu seus mundos, vêem a vida passando junto ao tempo