Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 20:43

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É O FIM

E passou. O momento doeu, ferio, cortou meu coração. Momento daquele que magoam mesmo. Sei que são incomparáveis tais momentos, afinal eles variam de pessoa pra pessoa, personalidade, contexto. Mas o fato é que eles passam, e marcam. As marcas são a parte mais perigosas disso, porque perduram, e duram por tempos e tempos. Podendo crescer ou não.
Mas enfim, passou. Acho, só acho que a mágoa passou. Vestígios dela penso ser passível de serem vistos nos caminhos a serem trilhados no novo ano, mas o fim do ano será o fim disso tudo. Quero ser aquilo que nasci pra ser e preciso mudar pra isso. Por isso deixo de lado tal mágoa, tal situação, deixo o desprezo por mim mesmo de lado. Quero deixar de lado o que me fez ficar como estive tanto tempo. Quero deixar de lado o motivo das lágrimas, dos gritos de desespero.
E findou-se assim. Estou aqui ‘protinho’. Para um recomeço para um SERVIR real. Não quero fazer pela obrigação, pelos costumes, ou pequena fama. Quero dar o meu melhor, não importa a inanição dos meus desejos, da minha carne. Quero aprender a amar, de verdade. Não por que o um NOVO tempo começa para o mundo, mas por que um novo tempo começa para mim. Quero ter meus olhos sãos, não para abandonar meus óculos e lentes, mas para olhar com os olhos do amor àqueles que tanto carecem. Quero ouvir além das consonâncias e dissonâncias de nossa música, de nossos instrumentos, vozes... Quero ouvir o choro da criança, do jovem que tanto preciso de ‘Oi Cristão’ mas continua na escuridão, e uma vez que os ouvi, quero lhes estender a mão.
Mas para isso preciso estender a mão para mim mesmo. Preciso estar nas mãos por completo do criador, preciso amá-lo, aprender amá-lo, e assim amar a todos. Por isso morre aqui o velho EU, ignorante. Nasce um SERVO. Apenas[ e suficiente] servo.

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