Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 19:56
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Via dalí, apoiado no peitoral, o poente das tardes frias.
Via dalí, debruçado, as crianças brincando, os carros ziguezagueando...
E quando a primavera chegava, as flores.... os sorrisos, os amores...
Os buquês com suas variadas cores eram entregues, e roubavam lágrimas beijos, abraços...sorrisos.
Ainda ali, via as lágrimas se misturando às chuvas de verão... o vazio das ruas...a solidão...
As árvores melancólicas dançavam ao mover dos ventos, e suas folhas amareladas cingiam um tapete por toda rua por onde os carros ainda ziguezagueavam.
As pessoas passavam, e você não estava lá. Elas iam voltavam, e você, nada.
E lá estava eu, esperando. Novamente o frio do inverno me fazia companhia. As árvores que dançavam aos ventos do outono, agora estavam como mortas. Mas a vida ainda estava dentro delas. Era isso que eu acreditava: A vida estava dentro de mim. E esperava...
Já não via mais. Me foi roubado o direito de te ver. Mas não o de esperar. E ainda assim esperava...dez...vinte invernos passaram por minha janela e lá estava eu esperando... esperando. Te esperando.
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