Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 17:35

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Lágrimas


Vazio ao falar. Me sinto uma criança quando falo disso. Quando falo de amor. A inexperiência, mista de uma possível falta de fé, produzem um resultado estrondoso, que fazem das minhas lágrimas comuns em momentos mais diversos. Lágrimas por coisas que nem chegaram a existir. Lágrimas por decepções, por uma certa angústia em esperar o momento, a pessoa certa.

Lágrimas por uma frieza sem igual, por um olhar de desprezo, ou um desprezo ao falar. Lágrimas que não se fazem por merecer a si mesmas. Lágrimas que nunca deveriam ter existido. Lágrimas que não deixaram nada se não elas mesmas.

O amor, dizem muitos, é feito de lágrimas. Por falta de experiência, talvez, eu acredite. Porém lágrimas que se secam por si só, graças a solidão de um ser, não nasceram de um verdadeiro amor. Mas as lágrimas que foram derramadas por alguém, junto deste alguém, e secas pelo mesmo, nos trazem um refrigério da recompensa por saber esperar o momento, a pessoa, certos.

Enfim. Saber esperar por lágrimas que possam regar e construir, é ser sábio em derramar cada uma delas. Estas lágrimas vem somente depois daquelas derramadas na solidão. São lágrimas que trazem consigo mesmas a recompensa de um choro que poderia ter durado mais de uma noite, porém, com o nascer do sol, teve suas lágrimas secas.... e assim o ciclo continua. Lágrimas pela a inexperiência da ausência do amor.

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