Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 19:07

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Eu sou. E assim começo o poema: Eu sou.

Um emaranhado de esquemas

Dizendo que sou. E se passo algum tempo

Vivendo e não sendo, eu digo que sou;

Eu minto. Que seja o que sinto e o que tento.

Eu sou. Aquela frase incompleta. O vento de um poeta, que é, que vive pra ser, pra sentir, só viver.

Eu sou o que procuro ter. Não me completo, nunca o disse. Mas me basto a quem quer que visse ...

Sou. Assim termino o esquema. Não uso mais o EU, não por algum problema. É que me oculto, ma tornando um vulto à este poema.

Posted by Ramon S Rosa | Posted in | Posted on 11:46

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O espanto não me acorda mais

Tampouco a dor incomoda,

Nem o vacilo me cobra

Ou os passos me faltam.

O sorriso me diz

Me guiando por olhos claros

Tornando-me aprendiz

De certo, levado, ao que condiz

Com o erro ou acerto,

O tal sorriso por medo

Lançado ao esquecimento

Deixado ao desdobramento.

Parado oscilante

Pensativo e distante

Num futuro sorriso claro

Da paz sentida ao lado

Do pecado interno eu saro.