Meu refúgio

Eu vou ler pra você ter certeza do que fazer

A Cartilha está velha, démodé, mas vou ler

Ela fala de tanto amor, De histórias sob um teor

Que ensina, doutrina, que depende da sua sina

Não duvide das histórias, das memórias bem escritas

Não duvide, não questione, quem divide, quem mencione

Sob efeitos sentimentos que são feitos em momentos

São propícios a dores e lamentos

Mas o amor que representa cada frase cada letra

Está escrito, foi bendito no passado e para sempre

Eu vou ler pra você ter certeza em fazer

O que sempre for errado, o "quem" sempre for você

Ramon S Rosa

Você só precisa viver a cada dia

Como se fosse o mais importante da vida

Você só precisa saber, insuficiente pra entender

As voltas e desvoltas, de vidas e de vidas que vão acontecer

Você só precisa trocar seu ponto de vista

E acessar mais uma vez sua ultima lista

Ou ler um poema que exalte a frieza

Porque pelo contraste é que encontrará a beleza

Você deve se disfarçar de mendigo

Ou como um palhaço ,me roubar um sorriso

Você fará parte para sempre desse mundo

Que se você construir, não durará um segundo

Ramon S Rosa

E que não me seja uma ilusão

Nem sobras de um futuro de uma decepção

Que não me sejam fardos, nem avisos calados

Que seja para mim, tudo que eu havia sonhado

Um pouco de amor não cairia mal

E nenhuma dor seria fatal

Para organizar o meu caminho

Pra memorizar o meu destino

Um pouco de graça seria bem mais legal

Seria tudo o que eu sonhei ser normal

Um pouco de abraços e laços, carinhos e afins

Traços de sentimentos que sonho pra mim

Ramon S Rosa

Quanto custa a sua felicidade?

Por quanto você vende o seu futuro?

Estou certo de quão lucrativo seria

Para os outros, tornar-se seu próprio porto seguro

Te chamam de indeciso, imaturo

E de fato, você é.

Não excede em entendimento, tampouco certeza de futuro

Vive a incerteza de momentos, a não contagem de lucro.

Classificam-te como sem esperança

Existe um talento, um dom, abundancia

De paciência , e relutância de uma irreverência tardia

Que exige, que aflige, que esfria

A dureza da falta, um frio que mata

O amor que existia.

Ramon S Rosa

Se não tivéssemos um limite

Seria tudo igual?

Se nosso tempo cronometrado parasse

Se seu avião não voasse

Seriamos um todo normal?

Um dia terei perguntas respondidas?

Será que terei as questões diluídas

Num simples copo de água

Onde há uma tempestade

De medo e saudade.

Tenho saudade de um futuro

Que, para sempre, estará escuro

Ramon S Rosa

É, aqui é sempre tão frio

É, é sempre um tanto vazio

Aqui o nosso carinho

Vai embora pelo caminho

Dividir o lazer que nós temos

Um imenso prazer que vivemos

Somos partes em uma só vida

Placas que só indicam saída

Somos uma só carne se juntos

Vidas tão diferentes no mundo

Somos partes e partes da arte

De viver cada dia a la carte

Ramon S Rosa